Vacinas contra a Covid não são necessárias para crianças e adolescentes saudáveis, diz OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revisou suas diretrizes de vacinação contra a covid-19 para uma nova fase da pandemia. A agência recomenda que crianças e adolescentes saudáveis possam não precisar de uma dose, mas grupos mais velhos e de alto risco devem receber um reforço entre 6 a 12 meses após a última vacina. A OMS declarou que o objetivo é priorizar a vacinação daqueles que enfrentam maior risco de doença grave e morte por covid-19, considerando a imunidade elevada da população global devido à infecção e vacinação generalizadas.
Adultos mais velhos e pessoas mais jovens com outros fatores de risco significativos são considerados populações de alto risco e devem receber uma dose adicional da vacina após 6 a 12 meses da última dose. A OMS salientou que crianças e adolescentes saudáveis têm baixa prioridade para vacinação contra a covid-19 e os países devem considerar fatores como carga de doenças antes de recomendar a vacinação desse grupo. A organização afirmou que as vacinas e reforços contra a covid-19 são seguros para todas as idades, mas as recomendações levam em consideração outros fatores, como custo-efetividade.
A OMS ressaltou que o fim da pandemia estava próximo em setembro do ano passado, mas a atualização mais recente reflete o cenário atual da doença e os níveis globais de imunidade, e não deve ser vista como uma orientação de longo prazo sobre a necessidade de reforços anuais.
Os países têm abordagens diferentes quanto à vacinação contra a covid-19. Alguns países de alta renda, como Reino Unido e Canadá, estão oferecendo reforços às pessoas de alto risco nesta primavera, seis meses após a última dose. A OMS também instou os países a avançarem com as vacinações de rotina atrasadas durante a pandemia e alertou para o aumento de doenças evitáveis por vacinação, como o sarampo.