O El Niño, que aqueceu o Oceano Pacífico Equatorial desde junho de 2023, está em seus últimos dias. A temperatura da superfície do mar na região Niño 3.4, referência para o monitoramento do fenômeno, está em 1ºC, caracterizando um El Niño fraco a moderado. No entanto, a tendência é de enfraquecimento gradual, com o fim do evento previsto para meados de maio, no máximo.
Enquanto o El Niño se despede, a La Niña já dá sinais de sua chegada. A temperatura da superfície do mar no Pacífico Leste, na região Niño 1+2, já está abaixo da média, em -0,4ºC. Isso indica o início do processo de ressurgência, que leva à ascensão de águas frias das profundezas do oceano.
A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) dos Estados Unidos prevê um período curto de neutralidade climática entre o fim do El Niño e o início da La Niña, provavelmente no outono. A probabilidade de neutralidade climática no trimestre de abril a junho é de 83%.
Após a neutralidade, a La Niña tende a se estabelecer, com probabilidade de 32% no trimestre de maio a julho, aumentando para 63% no trimestre de junho a agosto e 75% no trimestre de julho a setembro. Na primavera, a probabilidade de La Niña atinge 85%, similar ao que se viu em 2023, mas com sinal contrário.
A rápida transição de El Niño para La Niña em 2024 é um padrão observado em eventos de forte El Niño, como o de 2023-2024. Em cinco dos oito eventos de forte El Niño desde 1950, a La Niña foi a fase seguinte, com a maioria dos casos mostrando uma rápida transição.
A La Niña pode influenciar o clima global, com impactos em diferentes regiões do planeta. Os efeitos da La Niña podem variar em intensidade e extensão, dependendo da região. É importante acompanhar as previsões climáticas para se preparar para os possíveis impactos da La Niña.