Ovo de Páscoa envenenado com chumbinho matou duas crianças no Maranhão, confirma laudo

Polícia conclui que chocolate contaminado foi enviado por Jordélia Pereira, que será indiciada por duplo homicídio e tentativa de homicídio

A Polícia Civil do Maranhão confirmou, nesta quarta-feira, 30 de abril, que o ovo de Páscoa ingerido por uma mãe e seus dois filhos, em Imperatriz, continha chumbinho, um pesticida altamente tóxico e de uso clandestino no Brasil. A confirmação veio com a conclusão do laudo pericial do Instituto de Criminalística, que detectou a substância no chocolate, nos corpos das vítimas e em materiais encontrados com a suspeita Jordélia Pereira, presa desde o início da investigação.

A tragédia aconteceu após a família consumir o chocolate supostamente enviado como presente. Pouco tempo depois, os três passaram mal. Os irmãos Evely Fernanda Rocha Silva e Luís Fernando Rocha Silva, de 7 e 13 anos, não resistiram à intoxicação. Segundo os médicos, Evely morreu por choque vascular e falência múltipla dos órgãos, enquanto o irmão faleceu poucas horas depois. A mãe, única sobrevivente, segue em recuperação.

Jordélia confessou ter enviado o ovo à família, mas nega ter colocado veneno no produto. No entanto, com base no laudo técnico e nas evidências coletadas, a polícia concluiu o inquérito e irá indiciá-la por duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio.

O caso chocou a população de Imperatriz e acendeu o alerta para o uso criminoso de substâncias tóxicas, além da necessidade de investigar a motivação por trás do crime.

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