Tentativa de suicídio em clínica psiquiátrica é revelada em laudo no Caso Tio Paulo

Documento médico aponta que acusada tentou se enforcar com lençol durante internação por depressão e ansiedade

Na quarta-feira, 30 de abril, veio a público um laudo médico que revela uma tentativa de suicídio por parte da acusada no Caso Tio Paulo, episódio que ganhou repercussão nacional após um corpo ser levado a uma agência bancária no Rio de Janeiro para sacar R$ 17 mil.

A tentativa ocorreu no início de março, durante a internação da acusada em uma clínica de repouso na zona oeste da capital fluminense. Segundo o documento, a paciente apresentava quadro de depressão, ansiedade e ideias suicidas intensas, e, durante o tratamento, tentou se enforcar com um lençol: “houve um episódio no qual tentou enforcar-se fazendo uma corda com o lençol de sua cama”.

O caso só chegou à Justiça recentemente, após tentativas frustradas de intimá-la para prestar depoimento. A acusada responde por furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver, por ter levado o corpo do tio a uma agência bancária em abril do ano passado. O episódio foi gravado em vídeo e teve ampla repercussão nas redes sociais.

O processo encontra-se na fase de instrução e julgamento. O Ministério Público pretende ouvir o enfermeiro do Samu que atendeu o idoso, e que relatou à polícia que o homem já apresentava sinais de livor mortis, indicando que a morte teria ocorrido pelo menos duas horas antes.

Esse enfermeiro é considerado testemunha-chave para a conclusão do processo, mas ainda não foi localizado. A Justiça marcou uma nova audiência para quarta-feira, 14 de maio, e determinou que o profissional seja intimado pessoalmente na UPA de Duque de Caxias, onde trabalha.

A defesa da acusada solicitou que um psiquiatra seja convocado a depor, após o médico comentar em rede social que os medicamentos utilizados por ela poderiam interferir em sua consciência e discernimento.

Ré desde maio de 2024, a acusada chegou a ser presa, mas foi liberada após audiência de custódia. O desfecho do caso ainda depende do depoimento do enfermeiro e da avaliação do estado psiquiátrico da ré.

Com informações do Metrópoles.

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