Na última terça-feira, 29 de outubro, um homem de 36 anos, morador de Taquara, no Rio Grande do Sul, foi condenado por estupro de vulnerável contra uma adolescente de 13 anos. Considerado pela Polícia Civil o maior predador sexual do estado, ele já tem 158 vítimas identificadas, todas crianças e adolescentes entre 8 e 13 anos. As autoridades estimam que o total de vítimas possa ultrapassar 700 casos ao longo dos últimos 15 anos.
O suspeito, preso em flagrante em janeiro na cidade de Taquara, utilizava perfis falsos no Instagram, se passando por uma criança, geralmente uma menina, para ganhar a confiança das vítimas. Ele iniciava conversas e, com o tempo, pedia fotos íntimas, orientando as crianças sobre como deveriam posar, inclusive com o rosto. “Quando as vítimas se recusavam a enviar mais imagens, ele ameaçava divulgar o material”, informou a Polícia Civil.
Em alguns casos, o criminoso mantinha a farsa por anos, com uma vítima relatando contato virtual por quase cinco anos. Ele também usava as imagens para chantagear as crianças, forçando encontros presenciais. Além disso, o homem é investigado por produção, direção e armazenamento de pornografia infantil, com mais de 750 pastas de conteúdo ilícito encontradas em sua posse, organizadas com os nomes das vítimas.
Abusos em loja de animais exóticos
O condenado era proprietário de uma loja de aquários e animais exóticos em Taquara, que recebia excursões escolares. Durante essas visitas, ele aproveitava para abordar crianças e adolescentes, tentando persuadi-las. Abusos também ocorriam em sua residência e em outros locais, como durante aulas de música e treinos de artes marciais, onde ele se aproximava das vítimas.
O delegado Valeriano Garcia Neto, responsável pelo caso, destacou: “O suspeito usava a loja como fachada para atrair crianças, aproveitando a confiança gerada pelas visitas escolares.” A adolescente de 13 anos que denunciou o estupro foi uma das vítimas cooptadas nessas circunstâncias.
Investigação e próximos passos
A Polícia Civil segue investigando o caso, e todas as 158 vítimas identificadas serão chamadas para prestar depoimento. As autoridades acreditam que o número de casos pode aumentar significativamente, dado o volume de material apreendido e a extensão dos crimes, que incluem estupro de vulnerável e pornografia infantil.
Um chamado contra a violência
Casos como este reforçam a necessidade de proteção às crianças e adolescentes, além de maior conscientização sobre os perigos de interações online. A sociedade clama por justiça e pelo fim da violência contra mulheres e crianças.
Com informações do Jornal Correio do Povo.
|
|
-
-
-
-
-
-
-
-
