Filha de Dorival Caymmi, cantora enfrentava problemas de saúde e estava internada havia nove meses
A música brasileira perdeu uma de suas vozes mais poderosas com a morte de Nana Caymmi, aos 84 anos. A artista faleceu nesta quinta-feira (1º), no Rio de Janeiro, após uma longa internação. Nana havia passado os últimos nove meses hospitalizada devido a complicações de saúde, incluindo uma arritmia cardíaca que exigiu procedimentos como cateterismo e traqueostomia. Apesar da gravidade do quadro, a causa exata da morte não foi divulgada oficialmente pela família.
Reconhecida por sua força interpretativa e por um timbre único, Nana construiu uma trajetória respeitada ao longo de décadas, atravessando gerações e estilos. Começou ainda jovem, ao lado do pai, Dorival Caymmi, e deu voz a grandes compositores como Tom Jobim, Milton Nascimento e Vinicius de Moraes. Mesmo com altos e baixos, sua carreira foi marcada por momentos emblemáticos, como a vitória no Festival Internacional da Canção de 1966, quando cantou “Saveiros”, de seu irmão Dori Caymmi.
Nascida Dinahir Tostes Caymmi, em 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro, Nana cresceu imersa em um ambiente musical privilegiado. Com passagens marcantes também pela vida pessoal — como o casamento com Gilberto Gil —, a artista deixou um legado que se estende além dos palcos e gravações. Sua voz permanece como referência na MPB, reverberando em trilhas de novelas e nos corações dos admiradores que acompanham sua obra.