Caso suspeito de gripe aviária é investigado em granja comercial em SC

Estado adota medidas de contenção após suspeita de gripe aviária e proíbe entrada de aves e ovos de 12 municípios do RS
Um caso suspeito de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade está sob investigação em uma granja comercial no município de Ipumirim, em Santa Catarina. A informação foi divulgada neste domingo, 18 de maio, pela plataforma Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e confirmada pela prefeitura local.
A suspeita ocorre dias após o primeiro foco da doença ter sido detectado no Brasil, em Montenegro, no Rio Grande do Sul, na quinta-feira, 15 de maio.
Como medida preventiva, o governo de Santa Catarina publicou uma nota técnica no sábado, 17 de maio, proibindo a entrada de aves e ovos vindos de 12 municípios gaúchos, incluindo Cachoeirinha, Canoas, Esteio, Gravataí, Novo Hamburgo e São Leopoldo. As cargas autorizadas deverão passar por desinfecção obrigatória nos Postos Fixos de Fiscalização (PFFs), sob supervisão do Serviço de Defesa Sanitária Animal do Estado.
A decisão segue a Portaria MAPA nº 795, que declarou estado de emergência zoossanitária por 60 dias em todo o país, após a detecção do vírus em granjas comerciais. O Serviço Veterinário Oficial investiga ainda casos suspeitos em Tocantins, Mato Grosso, Ceará, Sergipe e um segundo caso no Rio Grande do Sul.
A gripe aviária é uma doença viral grave que afeta aves, mas com baixo risco de transmissão para humanos, segundo autoridades sanitárias. A Secretaria da Agricultura e a Cidasc reforçam que o consumo de carne de aves e ovos segue seguro, mas alertam para a necessidade de evitar o contato com aves mortas ou doentes.
Entre os principais sintomas da doença em aves estão sinais respiratórios, neurológicos, andar cambaleante, torcicolo e mortalidade súbita. A Cidasc ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso em Ipumirim.
A situação no Rio Grande do Sul segue em alerta, com o governo estadual declarando emergência sanitária animal no sábado, 17 de maio, após a confirmação do foco em Montenegro. O decreto é válido por 60 dias e abrange 12 municípios gaúchos.