Pequim quer dados sobre primeiros casos e aponta indícios de que o vírus possa ter surgido fora da China
A China voltou a intensificar sua cobrança por uma investigação internacional sobre a origem da Covid-19, mas desta vez com foco nos Estados Unidos. Segundo um relatório oficial do governo chinês, é necessário ampliar a busca por respostas, considerando eventos suspeitos registrados em território americano antes do surto na cidade de Wuhan. As autoridades chinesas argumentam que os estudos conduzidos em seu país já encerraram essa etapa de rastreamento, descartando a China como possível ponto de origem.
De acordo com o documento publicado pelo Gabinete de Informação do Conselho de Estado, a China teria cooperado de maneira “aberta e científica” com a Organização Mundial da Saúde e especialistas estrangeiros em uma missão conjunta realizada em 2021. O relatório resultante dessa missão concluiu que seria “extremamente improvável” que o vírus tivesse escapado de um laboratório chinês, hipótese que tem sido alimentada por setores do Ocidente. Desde então, segundo o governo chinês, nenhuma nova evidência contrariou essas conclusões.
A publicação ainda critica a postura norte-americana, acusando o país de recusar cooperação e politizar o debate sobre a origem da pandemia. Autoridades chinesas também destacam que há diversas pesquisas apontando que o vírus pode ter se desenvolvido fora da China, inclusive listando eventos suspeitos nos EUA antes da disseminação em Wuhan. Como resposta, Pequim exige que Washington libere informações detalhadas sobre os primeiros registros da doença em solo americano.