A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira, 30 de maio, que a bandeira tarifária das contas de luz passará para vermelha, patamar 1, no mês de junho. Com isso, haverá um custo extra de R$ 4,463 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Segundo a Aneel, a decisão foi motivada por uma redução nas afluências (chuvas) em todo o país, como informado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), o que diminui a geração hidrelétrica e obriga o acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas.
“Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia proveniente de hidrelétrica piorou, o que nos próximos meses poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara”, explicou a Aneel.
Em maio, a Aneel já havia acionado a bandeira amarela por conta da transição do período chuvoso para o seco e da previsão de baixo volume de chuvas e vazões nos reservatórios. Até então, a bandeira verde vinha sendo mantida desde dezembro de 2024, graças às condições favoráveis de geração de energia.
Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Ele indica, de forma simples, quanto custa para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar energia para residências, comércios e indústrias.
- Bandeira verde: sem acréscimos na conta de luz.
- Bandeira amarela: acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
- Bandeira vermelha patamar 1: acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 kWh.
- Bandeira vermelha patamar 2: acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh.
A Aneel orienta que os consumidores adotem medidas de economia de energia, como uso consciente de eletrodomésticos e iluminação, principalmente durante o período de bandeira vermelha.