Correios registram prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024 e acendem alerta financeiro

Estatal enfrenta aumento nas despesas e queda na receita, mas garante manutenção das operações em todo o país

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos encerrou 2024 com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões, conforme balanço divulgado nesta sexta-feira, 9 de maio, no Diário Oficial da União. O montante representa um salto significativo em relação a 2023, quando o déficit havia sido de R$ 634 milhões.

O relatório aponta que a deterioração das contas ocorreu principalmente devido ao aumento nas despesas operacionais, que cresceram 7,91% no comparativo anual, passando de R$ 22,3 bilhões para R$ 24,06 bilhões. Por outro lado, a receita da estatal registrou uma retração de 0,89%, caindo de R$ 21,66 bilhões em 2023 para R$ 21,47 bilhões em 2024.

Apesar do cenário desfavorável, os Correios asseguram que não há risco de interrupção dos serviços. Por ser uma empresa pública, a estatal afirma estar legalmente resguardada, garantindo a continuidade das operações em todos os 5.567 municípios brasileiros, inclusive em regiões isoladas.

Embora 85% das agências operem no vermelho, o segmento de encomendas foi um dos poucos a apresentar crescimento, com um incremento de R$ 157 milhões na receita em comparação com o ano anterior.

Outro ponto destacado no relatório foi a necessidade de reforçar a segurança da informação interna. Um comunicado interno proibiu o uso do WhatsApp como ferramenta de trabalho, alegando falta de controle sobre mensagens e risco de vazamento de dados sensíveis.

A direção dos Correios reconhece os desafios impostos pelo ambiente competitivo e econômico, mas reitera seu compromisso com a oferta de serviços postais e logísticos acessíveis à população, especialmente em áreas onde a iniciativa privada não atua.

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