Quatorze apenados apostam no trabalho como caminho para a ressocialização em Santiago
O trabalho prisional no Presídio Estadual de Santiago (Pesan) está transformando a realidade de 14 detentos que atuam na fabricação de materiais à base de cimento, como blocos de concreto, meios-fios, canaletas, blocos intertravados e postes. Parte desses itens será utilizada na ampliação do Grupo Hospitalar Santiago, obra anunciada na sexta-feira, 2 de maio, pelo governador Eduardo Leite, que prevê a abertura de 28 leitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Por oito horas diárias, de segunda a sexta-feira, os detentos trabalham em dois pavilhões construídos em 2023 por duas empresas dentro da unidade prisional. O secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Jorge Pozzobom, destaca a importância da iniciativa: “Este é um dos elementos fundamentais para a ressocialização. Nosso objetivo é manter e ampliar essas parcerias para que mais pessoas privadas de liberdade tenham a oportunidade de geração de renda e de aprendizado”, afirma.
Atualmente, o presídio conta com cinco termos de cooperação em vigência, parcerias que garantem renda e remição de pena aos detentos, com a redução de um dia da pena a cada três dias trabalhados. O diretor do Pesan, Carlos Brandli, ressalta o impacto positivo da iniciativa: “A avaliação é a melhor possível. Os projetos trazem reconhecimento e alavancam o trabalho prisional, que passou a ser visto de forma diferente pela sociedade”, destaca.
Na 2ª Delegacia Penitenciária Regional, outras unidades também desenvolvem projetos de trabalho prisional, como a Penitenciária Estadual de Santa Maria, que conta com fábricas de ração, quadros, horta e manutenção da estrutura prisional. “O foco é a ressocialização por meio do trabalho, educação e saúde”, conclui o delegado Thiago Nothen de Medeiros.