Estudante de 14 anos é assassinada dentro de escola após receber bilhete com “sentença de morte”

Crime premeditado em Uberaba envolve dois adolescentes; polícia apreende plano de fuga e confirma que colegas agiram de forma coordenada

Melissa Campos, de 14 anos, foi assassinada com um golpe de faca no coração dentro de uma escola particular em Uberaba, no Triângulo Mineiro, em um crime que chocou a comunidade escolar e ganhou novos desdobramentos na quarta-feira, 21 de maio, após divulgação da investigação da Polícia Civil de Minas Gerais.

De acordo com a polícia, momentos antes do ataque, Melissa recebeu de dois colegas um bilhete com a frase “sentença de morte”, indicando que ela seria morta por estrangulamento. Logo em seguida, foi esfaqueada no peito por um dos adolescentes. A jovem chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.

O autor do crime deixou a sala andando tranquilamente e foi encontrado horas depois na rodovia AMG-2595, onde confessou o assassinato e entregou o nome do comparsa. Ambos foram apreendidos: um em flagrante no dia do crime e o outro posteriormente, por ordem judicial. Eles permanecem internados por determinação da Vara da Infância e Juventude de Uberaba, respondendo por ato infracional análogo ao homicídio.

Durante buscas nas residências dos envolvidos, foram encontrados cadernos, aparelhos eletrônicos e até um plano de fuga escrito à mão, o que confirma que o crime foi meticulosamente planejado. As imagens das câmeras de segurança mostram os adolescentes agindo de forma coordenada, sem que os outros alunos percebessem a movimentação.

“A vítima foi surpreendida por um golpe de faca no peito, após receber um bilhete com uma sentença de morte. As imagens mostram a atuação dos dois adolescentes de forma coordenada. Outros alunos estavam alheios ao ocorrido”, afirmou o delegado Cyro Outeiro Pinto Moreira.

Em entrevista coletiva, representantes da Polícia Civil, Polícia Militar e do Ministério Público classificaram o caso como isolado e afirmaram que não há risco para outros estudantes. Segundo o promotor Diego Martins Aguillar, não foram encontradas listas com nomes de outras possíveis vítimas.

Com informações de Massa | SBT

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