Simulação de cativeiro para extorsão foi descoberta pela Polícia Civil após rastreamento inteligente
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu três suspeitos envolvidos em um falso sequestro nas cidades de Porto Alegre e Canoas, após investigação iniciada em 10 de maio. A operação foi coordenada pela 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
O caso começou quando um cidadão colombiano foi dado como desaparecido após sair de um CFC em Canoas. A suposta vítima teria sido levada à força, e os sequestradores exigiam pagamento de resgate por meio de transferências solicitadas ao chefe do desaparecido. A análise técnica, porém, revelou que as mensagens de extorsão eram enviadas do celular do próprio “sequestrado”.
A delegada Isadora Galian informou que a primeira prisão ocorreu no sábado, em Canoas, em flagrante. Com o apoio da inteligência policial, mais dois envolvidos foram identificados, incluindo o próprio “sequestrado”, que participava da fraude com o objetivo de extorquir o próprio empregador. Veículos usados no crime também foram apreendidos.
As investigações seguem para aprofundar as provas e identificar outros envolvidos. Segundo a delegada, a vítima permaneceu mais de 36 horas “em cativeiro” de forma simulada. O caso está sendo tratado como extorsão qualificada, com indícios claros de associação criminosa entre os envolvidos.