Investigação do MPRS leva ao afastamento do presidente da APAC de Passo Fundo

Investigação conduzida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) resulta no afastamento do presidente da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Passo Fundo após denúncia de envolvimento em organização criminosa.

Em julgamento de embargos de declaração apresentados pelo MPRS, a Justiça determinou o afastamento do presidente da APAC de Passo Fundo, proibindo-o de manter contato com pessoas privadas de liberdade ou egressos do sistema prisional e de exercer funções em entidades ligadas ao sistema penitenciário.

A decisão decorre da Operação Papillon, deflagrada em maio do ano passado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MPRS, que apurou a atuação de um grupo criminoso se beneficiando do uso indevido da APAC.

De acordo com o promotor de Justiça Diego Pessi, coordenador do 7º Núcleo Regional do GAECO – Planalto, o presidente e outras cinco pessoas foram denunciadas por organização criminosa.

A investigação apontou que criminosos de alta periculosidade eram selecionados indevidamente para ingressar no sistema APAC, onde, com a cumplicidade de responsáveis pela fiscalização, passavam a agir livremente.

As ações fraudulentas incluíam fugas, tráfico de influência, favorecimento real, falsidade ideológica e fraude processual, além da negociação de drogas e armas, entrada de celulares no sistema prisional e intermediação de pleitos de faccionados junto às autoridades.

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