Jet lag social afeta jovens e aumenta risco de doenças cardíacas, revela estudo

Pesquisa aponta que descompasso entre horários sociais e biológicos eleva risco de problemas de saúde em adolescentes brasileiros

Um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) evidenciou que 83,6% dos adolescentes brasileiros vivem em descompasso com seus relógios biológicos, condição conhecida como jet lag social. Esse fenômeno ocorre quando há uma discrepância entre os horários de sono durante a semana e nos fins de semana, impactando principalmente meninas de 16 a 17 anos que estudam em escolas particulares no turno da manhã.

De acordo com os pesquisadores, cada hora adicional de jet lag social eleva em 11% o risco de doenças cardíacas, além de estar associado ao desenvolvimento de obesidade, diabetes tipo 2, consumo de álcool e tabagismo. A pandemia trouxe um cenário atípico, no qual muitos adolescentes relataram melhora no sono devido à flexibilização dos horários escolares, reforçando a necessidade de políticas públicas que considerem os cronotipos dos jovens.

Especialistas defendem que ajustes no horário escolar podem reduzir os efeitos do jet lag social, contribuindo para a saúde física e mental dos adolescentes. A proposta visa criar um ambiente educacional mais alinhado ao ritmo biológico dos estudantes, minimizando os impactos negativos dessa desregulação no sono.

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