O mês de junho marca o início do inverno climático no Brasil e, com ele, vêm as tradicionais noites frias e dias gelados, especialmente no Sul do país. Embora historicamente seja um dos meses mais frios do ano, com ocorrência de geadas e até possibilidade de neve, 2025 não deve repetir padrões rigorosos de frio. A previsão da MetSul Meteorologia indica que o mês terá incursões de ar frio típicas da estação, mas sem intensidade significativa. A primeira quinzena tende a ser mais fria, com massas de ar polar ainda atuando, enquanto a segunda metade será mais amena e até quente em alguns dias.
No Rio Grande do Sul, junho costuma ser um mês chuvoso, com média de 130,4 mm em Porto Alegre, conforme a série histórica de 1991 a 2020. Essa média, no entanto, não deve ser superada neste ano. O cenário aponta para precipitações dentro ou abaixo da média em grande parte do estado, especialmente no Oeste, Centro e Sul. Em contrapartida, as chuvas tendem a ser mais volumosas na Metade Norte gaúcha, além de áreas de Santa Catarina e do Paraná, onde sistemas vindos do Nordeste da Argentina e do Paraguai devem intensificar as precipitações. No Sudeste, com o avanço da estação seca, São Paulo e estados vizinhos terão baixa pluviosidade.
No que diz respeito às temperaturas, os modelos climáticos divergem. Enquanto o modelo europeu prevê temperaturas dentro ou abaixo da média no Centro-Sul do Brasil, o modelo norte-americano indica um mês mais quente, principalmente no Centro-Oeste e Sudeste. A MetSul avalia que, apesar das variações regionais, junho será marcado por menor frequência de frio intenso, resultando em menos madrugadas com mínimas negativas e um número maior de tardes com temperaturas agradáveis. A capital paulista, por exemplo, terá mínima média de 13,5°C e máxima de 20,3°C, acompanhada de chuvas escassas.
Com o Oceano Pacífico em condição de neutralidade — sem El Niño ou La Niña atuando —, as tendências climáticas para junho indicam variações mais sutis nos padrões de temperatura e chuva. A ausência desses fenômenos contribui para a maior influência dos sistemas atmosféricos locais, como frentes frias e centros de baixa pressão, especialmente no Sul do país. No geral, junho de 2025 tende a ser menos rigoroso em termos de frio, com chuvas regionalmente intensas e outras áreas mantendo o padrão seco típico da estação.