Laudo aponta que causa da morte foi “por complicações sépticas de pneumonia”, mas polícia segue investigando supostas lesões
O laudo pericial da morte de uma menina de 11 anos descartou que ela tenha sofrido violência quando precisou ser hospitalizada no município de São Gabriel, na Fronteira Oeste do RS. A criança morreu no dia 8 de maio, na UTI do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Maria (HUSM).
Segundo o Instituto Geral de Perícias (IGP), a causa da morte foi “por complicações sépticas de pneumonia sem nenhum sinal de trauma por violência sofrida e nenhum sinal de violência sexual”.
No dia 7 de maio, os pais da criança, um homem de 55 anos e uma mulher de 36 anos, foram presos em flagrante por suspeita de estupro de vulnerável e maus-tratos contra a filha, segundo a polícia.
Em nota divulgada na segunda-feira (12 de maio), o hospital Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel, que prestou o primeiro atendimento, informou que “nenhum dos exames realizados no momento da admissão apontou fraturas de costelas ou indícios de violência sexual”.
A primeira nota divulgada pela polícia relatava que a menina foi internada em estado grave na Santa Casa de São Gabriel, na noite de quarta-feira (7), com duas costelas quebradas, perfuração no pulmão e diversos hematomas e lesões no corpo, inclusive na região genital.
Em nova manifestação nesta terça-feira (13), a Polícia Civil manteve a versão de “lesões, inclusive genitais, que precisavam ser esclarecidas. Além disso, a mãe da vítima relatou ter flagrado seu companheiro realizando carícias indevidas na filha, o que ocasionou discussão entre o casal”.
O Conselho Tutelar de São Gabriel informou que não pode fornecer informações sobre o caso, “por se tratar de atendimento sigiloso”.
A morte foi confirmada pelo Husm, que não compartilha boletins sobre o estado de saúde ou informações de pacientes. A instituição declarou que “todas as informações pertinentes ao caso serão repassadas aos órgãos responsáveis pela investigação das causas do óbito”.
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) informou, na segunda-feira (12), que os responsáveis pela criança seguem presos.