Adriano Pereira de Souza, conhecido como Cigano, é agora um dos criminosos mais procurados do Brasil. Apontado como um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), ele estava preso por envolvimento no assalto cinematográfico a um avião-pagador em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, que resultou no roubo de mais de R$ 14 milhões. Beneficiado com prisão domiciliar por motivos de saúde, rompeu a tornozeleira eletrônica e fugiu, segundo a Polícia Federal.
O assalto, ocorrido no ano passado, é considerado um dos maiores já registrados no estado. Na ocasião, nove criminosos de dois grupos armados invadiram o aeroporto utilizando viaturas falsas da polícia e fardas adulteradas, renderam os funcionários e interceptaram a aeronave. Um policial militar e um dos assaltantes morreram no confronto. Os criminosos ainda tentaram despistar a polícia utilizando uma van disfarçada de transporte escolar. Apesar da recuperação parcial do dinheiro, a ação deixou um rastro de violência e ousadia.
Cigano, que a PF classifica como o cérebro financeiro do grupo, teria articulado o crime com outros membros do PCC vindos de São Paulo, todos com histórico de assaltos de grande porte. Segundo as investigações, ele possuía forte influência dentro da facção em Guarulhos e articulava alianças com criminosos gaúchos. Um de seus principais aliados, Guilherme Costa Ambrozio, morreu durante a ação policial. Outro envolvido, Diego Moacir Jung, já foi condenado a 48 anos de prisão.
A operação criminosa envolveu 13 veículos e ao menos cinco imóveis usados como base para planejamento, execução e fuga. Em setembro, a Justiça Federal tornou 19 suspeitos réus por latrocínio e tentativa de latrocínio, considerando o risco imposto a funcionários e policiais. Agora, com Cigano novamente foragido, a PF intensifica as buscas e já tem novo mandado de prisão expedido.
Com informações do Portal G1 RS.
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