Lula reforça defesa por regulamentação das redes sociais: “Tudo tem controle, menos as empresas de aplicativos”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender neste sábado, 24 de maio, a regulamentação das redes sociais no Brasil. Segundo o chefe do Executivo, “tudo tem controle, menos as empresas de aplicativo”, destacando a urgência de debater o tema com o Congresso Nacional.

A declaração foi dada durante um evento em Campo Verde (MT), onde o petista lançou um novo programa voltado à agricultura familiar. Em seu discurso, Lula mencionou o caso de uma menina que teria se suicidado após sofrer bullying virtual, enfatizando os riscos da falta de regulação nas plataformas digitais.

“Você sabe quantas ofensas, provocações você recebe. E é preciso que a gente discuta com o Congresso Nacional a responsabilidade da gente regular o uso das empresas, sabe, neste país. Não é possível que tudo tem controle, menos as empresas de aplicativos”, afirmou.

O presidente também relembrou a recente sanção da lei que limita o uso de celulares nas escolas, medida que visa melhorar o desempenho escolar. No entanto, ele ressaltou que ainda é necessário criar uma legislação específica para o funcionamento das redes sociais no país.

“Esses dias eu vi uma menina que se matou porque ela foi, acusada, quase que torturada pelos amiguinhos pela internet. Não era pessoalmente, não, era pela internet”, lamentou Lula.

O Senado Federal já aprovou um projeto de regulamentação das redes sociais, mas o texto encontra-se parado na Câmara dos Deputados, enfrentando resistência de parlamentares da oposição.

Durante visita recente à China, Lula e a primeira-dama Janja da Silva abordaram o funcionamento do TikTok com o presidente Xi Jinping. Janja teria afirmado que o algoritmo da plataforma favorece conteúdos de direita e pode disseminar ideias extremistas, o que, segundo relatos, teria gerado desconforto no encontro — versão negada por ela.

“Voltar a fazer política”

Diante da queda na popularidade, Lula anunciou que, a partir de junho, pretende retomar viagens pelo Brasil para se reaproximar da população e combater a disseminação de “mentiras” e “fake news”.

“Eu quero voltar a fazer política. Fazer eventos, conversar com o povo, para que a mentira não volte a governar este país”, afirmou o presidente.

Informações O Sul.

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