Na quinta-feira, 29 de maio, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas, deflagrou a Operação Fim do Silêncio, com o objetivo de combater crimes sexuais e tortura contra menores na região metropolitana. A ação envolveu cerca de 60 policiais civis e resultou na execução de 15 ordens judiciais, incluindo mandados de prisão preventiva e busca e apreensão em Canoas, Gravataí e Tramandaí. Até o momento, seis pessoas foram presas e diversos celulares foram apreendidos, reforçando o compromisso das autoridades em desmantelar redes criminosas.
Desmantelando o Silêncio das Vítimas
Segundo o Delegado Maurício Barison, a operação visa quebrar a principal defesa dos agressores: o silêncio das vítimas. As investigações minuciosas da DPCA têm revelado casos chocantes, frequentemente envolvendo abusos familiares ou por pessoas próximas, como pais, avôs e instrutores. Esses crimes, que afetam crianças de 4 a 14 anos, deixam marcas profundas, com impactos emocionais que podem levar a ansiedade, isolamento social, automutilação e até ideação suicida.
Briefing da operação – Foto: DCS/PCRS
A operação abrangeu seis bairros de Canoas, como Estância Velha e Guajuviras, destacando que a violência sexual é uma questão universal, independentemente do contexto socioeconômico. O Delegado Cristiano Reschke, Diretor da 2DPRM/Canoas, reforçou a importância da ação, especialmente durante o Maio Laranja, mês dedicado ao combate à violência sexual infantil. “A sociedade precisa ver cada policial como um agente de proteção. Não permitiremos que nossas crianças vivam sob o medo”, afirmou Reschke.
Casos Investigados
Caso 1: Estupro de Vulnerável
Quarta-feira, 12 de março
Local: Canoas, bairro Estância Velha
Vítimas: Crianças de 4 e 5 anos
Um homem foi acusado de forçar seu filho a praticar abusos contra o enteado, uma criança autista. A denúncia, confirmada por mães e avós, expôs a gravidade do caso.
Caso 2: Importunação Sexual
Terça-feira, 15 de abril
Local: Canoas, bairro Fátima
Vítima: Adolescente de 14 anos
Um instrutor de crossfit, de 26 anos, foi acusado de importunar sexualmente uma aluna e filmá-la no banheiro feminino, revelando um padrão de comportamento abusivo.
Caso 3: Estupro de Vulnerável
Sexta-feira, 8 de novembro
Local: Canoas, bairro São Luís
Vítima: Menina de 8 anos
Um homem de 43 anos foi acusado de abusar da neta de criação, com prisão preventiva solicitada com base em denúncias e exames periciais.
Caso 4: Estupro de Vulnerável
Quarta-feira, 20 de setembro
Local: Canoas, bairro Rio Branco
Vítima: Menina de 8 anos
O síndico de um condomínio atraiu uma menina com doces e cometeu abuso. A comunidade agiu rapidamente, resultando em um tumulto.
Caso 5: Estupro de Vulnerável
Terça-feira, 15 de abril
Local: Canoas, bairro Guajuviras
Vítima: Menina de 10 anos
Um avô de 72 anos foi flagrado abusando da neta. A família e a polícia agiram rapidamente, e a vítima recebe suporte psicológico.
Caso 6: Estupro de Vulnerável e Exploração Infantil
Quinta-feira, 29 de maio
Local: Canoas, bairro Niterói
Vítimas: Jovens de 9 a 13 anos
Cinco jovens, após fugirem de um abrigo, foram explorados sexualmente por um homem. As vítimas foram resgatadas, e o caso gerou revolta local.
Caso 7: Importunação Sexual
Quinta-feira, 29 de maio
Local: Gravataí, bairro Barro Vermelho
Vítima: Menina de 7 anos
Um idoso de 72 anos foi denunciado por importunar uma criança em um condomínio de sítios, com registros feitos por vizinhos.
Caso 8: Tortura e Maus-tratos
Quarta-feira, 15 de janeiro
Local: Canoas, bairro Niterói
Vítima: Adolescente de 12 anos
Uma jovem sofreu torturas físicas e psicológicas por sua tia-avó e companheira. As autoridades agiram para garantir justiça.
Denúncias Anônimas
Linha Direta: (51) 3425-9056
Site: www.pc.rs.gov.br
WhatsApp: (51) 9 8459-0259