Operação Rede Segura: Ministério Público desarticula grupo criminoso especializado em furtos e receptação de cabos no Rio Grande do Sul

O Ministério Público do Rio Grande do Sul, em parceria com o GAECO, realiza megaoperação para combater quadrilha responsável por roubos e furtos de cabos de cobre em empresas e propriedades rurais no Sul do Estado
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Pelotas, deflagrou nesta quarta-feira, dia 14 de maio, a Operação Rede Segura, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado em furtos, roubos e receptação de cabos de cobre. A ação, que contou com o apoio do 10° Núcleo Regional do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) – Sul, resultou na apreensão de documentos, equipamentos eletrônicos e dinheiro sem procedência, além da prisão de diversos suspeitos. O prejuízo causado pelos crimes é estimado em R$ 2 milhões.
A operação abrangeu os municípios de Capão do Leão, Pelotas, Santa Vitória do Palmar, São Leopoldo e Novo Hamburgo, com a participação de 35 agentes do GAECO, 160 da Brigada Militar, 30 da Polícia Penal e 30 da Força-Tarefa de Fios e Cabos do governo estadual. A coordenação foi conduzida pelo promotor de Justiça Érico Rezende Russo, com o apoio do promotor Rogério Meirelles Caldas, do GAECO – Sul.
Estrutura do grupo criminoso
O grupo é dividido em dois núcleos principais: um focado em furtos e roubos e outro na receptação do material. O primeiro núcleo, composto por 16 integrantes, atuava em Capão do Leão, Pelotas e Santa Vitória do Palmar, roubando fios e cabos de cobre de grandes empresas e propriedades rurais. Já o segundo núcleo, composto por quatro suspeitos, operava na região do Vale do Sinos, realizando a revenda do material roubado.
Modus operandi
Os criminosos planejavam os ataques com uso de armas, máscaras, coletes balísticos e roupas camufladas, atuando principalmente durante a madrugada. Eles mantinham as vítimas reféns enquanto recolhiam os cabos de cobre. Os roubos se concentraram em empresas de grande porte, universidades e semáforos, comprometendo a infraestrutura das cidades.
Impactos dos crimes
Em Pelotas, somente em 2024, foram registrados 250 furtos de cabos, uma média de 20 ocorrências mensais. Em 2025, até abril, já ocorreram 77 furtos, mantendo a média mensal de 19 casos. Em um dos episódios, os criminosos invadiram uma arrozeira em novembro, mantendo os funcionários reféns por cinco horas. Em janeiro deste ano, atacaram a Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), resultando em troca de tiros com os vigilantes.
A operação segue em andamento, com o objetivo de identificar todos os integrantes da organização e interromper o ciclo de roubos e receptação de cabos no Estado.



