PIB do Brasil cresce 1,4% no 1º trimestre de 2025 impulsionado pela agropecuária

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao quarto trimestre de 2024, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 30 de maio, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB somou R$ 3 trilhões no período.

Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, o crescimento foi de 2,9%, enquanto no acumulado de 12 meses a economia brasileira registrou uma expansão de 3,5%.

O principal destaque do trimestre foi o setor da agropecuária, que teve crescimento de 12,2%, impulsionado por condições climáticas favoráveis e pela expectativa de safra recorde da soja, segundo a pesquisadora do IBGE Rebeca Palis. Já o setor de serviços avançou 0,3% e a indústria apresentou leve recuo de 0,1%.

No setor de serviços, que representa cerca de 70% da economia, destacaram-se:

  • Informação e comunicação: 3,0%
  • Outras atividades de serviços: 0,8%
  • Atividades imobiliárias: 0,8%
  • Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social: 0,6%
  • Comércio: 0,3%
  • Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados: 0,1%

O único segmento com retração foi transportes, armazenagem e correio, com queda de 0,6%.

Na indústria, tiveram crescimento:

  • Eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos: 1,5%
  • Indústrias extrativas: 2,1%
    Enquanto isso, recuaram:
  • Indústrias de transformação: -1,0%
  • Construção: -0,8%

Sob a ótica da demanda, os dados mostram crescimento de:

  • 3,1% na formação bruta de capital fixo (investimentos)
  • 2,9% na exportação de bens e serviços
  • 1,0% no consumo das famílias

A importação de bens e serviços, que tem impacto negativo na conta do PIB, subiu 5,9%.

O resultado marca a 15ª alta trimestral consecutiva do PIB em comparação com o trimestre anterior, desde o terceiro trimestre de 2021. Já frente ao mesmo trimestre do ano anterior, é a 17ª alta consecutiva, desde o primeiro trimestre de 2021. No acumulado de 12 meses, a alta de 3,5% é a maior desde o segundo trimestre de 2023, quando o crescimento foi de 3,8%.

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