A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em ação conjunta com o Laboratório de Operações Cibernéticas (CIBERLAB/DIOPI/SENASP), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), deflagrou na terça-feira, 27 de maio, a Operação Mão de Ferro 2, uma ofensiva nacional contra crimes cibernéticos graves que atingem diretamente crianças e adolescentes.
A operação ocorre de forma simultânea em 12 estados brasileiros, com atuação das Polícias Civis do Rio Grande do Sul, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Sergipe e São Paulo.
Entre os crimes investigados estão indução à automutilação, pornografia infantil, ameaças, apologia ao nazismo, stalking e invasão de sistemas informatizados. As ações são concentradas em diversos municípios, como Manaus, Fortaleza, Serra, Sete Lagoas, Sinop, Aquidauana, Marabá, Oeiras, São Domingos e várias cidades paulistas, incluindo Guarulhos e Itu. Ao todo, estão sendo cumpridos 22 mandados judiciais, incluindo busca e apreensão, prisão temporária e internação socioeducativa.
No Rio Grande do Sul, a operação resultou no cumprimento de um mandado de busca e apreensão no município de Lajeado, onde foram apreendidos um computador, celulares, dispositivos vape e chips de celular.
Segundo as investigações, os crimes eram cometidos de forma articulada por redes criminosas que operavam em plataformas de mensagens, disseminando conteúdos de violência extrema e incitando comportamentos autodestrutivos, como a automutilação e o suicídio. As vítimas, em sua maioria adolescentes, eram submetidas a coação psicológica, ameaças e exposição pública, resultando em sérios danos emocionais.
De acordo com Rodney Silva, Diretor de Operações Integradas e de Inteligência da SENASP/MJSP, “o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do CIBERLAB, promoveu a integração operacional entre as Polícias Civis dos estados, possibilitando uma ação coordenada, simultânea e robusta”. Ele destacou que a troca de informações e o alinhamento entre os estados foram essenciais para o sucesso da operação.
O nome “Mão de Ferro” representa a resposta firme e coordenada do Estado brasileiro frente aos crimes praticados no ambiente digital, principalmente aqueles que ameaçam a segurança e integridade de crianças e adolescentes.