Secretaria da Saúde destaca importância do teste do pezinho com seminário, corrida e iluminação especial
Programação inclui o seminário "Junho Lilás – A vida merece um início seguro e protegido", que será realizado na segunda-feira, 16 de junho, além de ações de conscientização em prédios públicos e eventos esportivos

Para marcar o Dia Nacional da Triagem Neonatal – Teste do Pezinho, comemorado na quinta-feira, 6 de junho, a Secretaria da Saúde (SES) realiza uma série de ações de conscientização em parceria com o Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV), de Porto Alegre.
A principal atividade será o seminário “Junho Lilás – A vida merece um início seguro e protegido”, que acontecerá na segunda-feira, 16 de junho, voltado para trabalhadores das coordenadorias de saúde, pediatras, geneticistas, equipes multiprofissionais, acadêmicos e associações de pacientes. A programação e as inscrições podem ser feitas online.
Outra iniciativa de destaque é a iluminação cênica de prédios públicos da capital com a cor lilás. Na quinta-feira, 6 de junho, o Monumento do Expedicionário, no Parque Farroupilha, e o Mercado Público, no Centro Histórico, serão iluminados. Entre os dias domingo, 1º de junho, e quinta-feira, 13 de junho, a iluminação especial também abrangerá o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul e a Câmara de Vereadores, reforçando a mensagem sobre a importância do exame.
A campanha inclui ainda a realização da 1ª Corrida Lilás, no domingo, 1º de junho, promovida pelo Sesc Azenha, em parceria com o Instituto Atlas Biossocial e a Casa dos Raros. O evento esportivo ocorrerá no Viva Open Mall (Avenida Nilo Peçanha, 3228, Chácara das Pedras), com largada às 8h. A corrida terá percursos de 3 km, 5 km e 10 km, além das modalidades caminhada e infantil, sendo voltada para todas as idades e níveis de preparo físico.
Importância do teste do pezinho
O teste do pezinho é um exame essencial realizado com algumas gotas de sangue coletadas do calcanhar do recém-nascido entre o terceiro e o quinto dia de vida. Ele permite o diagnóstico de sete doenças raras e graves: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e toxoplasmose congênita.
Em 2024, 83.342 bebês (74,6% das 111.681 crianças nascidas no Rio Grande do Sul) realizaram o exame pelo Sistema Único de Saúde (SUS), resultando em 86 diagnósticos positivos. Os demais 28.339 recém-nascidos foram testados na rede privada.
As coletas são feitas nas unidades de atenção primária do SUS nos 497 municípios gaúchos e enviadas ao serviço de referência do HMIPV. Quando diagnosticadas precocemente, essas doenças podem ser tratadas de forma eficaz em até 15 dias após o nascimento, evitando sequelas graves e até óbito.
Segundo a enfermeira Jeanice Cardoso, da Divisão de Saúde da Criança da SES, “caso o teste apresente resultado positivo, o SUS garante o tratamento e o suporte necessários durante toda a vida da pessoa”. Ela reforça que a triagem neonatal é fundamental para garantir mais qualidade de vida desde os primeiros dias de vida.
O teste do pezinho tornou-se obrigatório no Brasil em 2001, com a criação do Programa Nacional de Triagem Neonatal, e transformou o país em referência na área.
Em 2024, o governo do Estado iniciou o repasse de R$ 4,6 milhões anuais a Porto Alegre para cofinanciamento e complementação do SRTN, fortalecendo ainda mais o atendimento neonatal.