Senado italiano aprova restrição à cidadania para descendentes no exterior

O Senado da Itália aprovou um decreto-lei que restringe a transmissão da cidadania italiana por direito de sangue a apenas duas gerações de descendentes nascidos fora do país. A medida, elaborada pelo governo da primeira-ministra Giorgia Meloni, recebeu 81 votos favoráveis e 37 contrários e agora segue para votação na Câmara no próximo dia 27.
A nova regulamentação altera a Lei da Cidadania de 1992, que não estabelecia um limite de gerações. Agora, somente filhos ou netos de italianos nascidos em território italiano poderão solicitar o reconhecimento da cidadania. Quem iniciou o processo judicial ou entregou a documentação até 27 de março não será afetado pela mudança.
O relator do texto, Marco Lisei, do partido Irmãos da Itália, justificou a alteração como um esforço para “modernizar e controlar o fluxo de pedidos”. A oposição critica a medida, apontando um endurecimento das políticas de imigração sob o governo de ultradireita liderado por Meloni.