Caso de Izabelly Carvalho Brezolin choca o Rio Grande do Sul e reforça a luta contra a violência infantil
Em um desfecho devastador, Izabelly Carvalho Brezolin, de apenas 11 anos, foi velada e sepultada na manhã desta sexta-feira, 9 de maio, em São Gabriel, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. A menina faleceu na última quarta-feira, 8 de maio, após ser vítima de severas agressões e abusos, que a deixaram em estado crítico. O caso, que abalou a comunidade local, reacende o debate sobre a violência contra crianças e a necessidade de ações preventivas no estado.
A menina foi internada em coma na Santa Casa de São Gabriel, apresentando lesões graves, como costelas fraturadas, perfuração no pulmão, hematomas espalhados pelo corpo e sangramento genital. Devido à gravidade de seu estado, ela foi transferida para o Hospital Universitário de Santa Maria, mas não resistiu aos ferimentos. Os pais de Izabelly, de 55 e 36 anos, foram presos em flagrante na noite de quarta-feira, 7 de maio, suspeitos de cometerem os crimes. Eles alegaram que os ferimentos da filha foram causados por uma queda da cama, mas a versão foi descartada pela Polícia Civil por ser incompatível com as lesões constatadas.
O delegado Daniel Severo, responsável pela investigação, informou que o inquérito ainda está em andamento para determinar se o caso será enquadrado como estupro seguido de morte ou feminicídio. A definição depende do resultado das perícias e da comprovação da intenção dos agressores. A tragédia de Izabelly soma-se a outros casos de violência no Rio Grande do Sul, aumentando a urgência de medidas para proteger crianças e combater a impunidade. A comunidade de São Gabriel segue em luto, exigindo justiça para a menina.