Três são indiciados por tragédia com ônibus da UFSM que matou sete estudantes

Polícia conclui que falhas humanas e técnicas foram determinantes para o acidente em Imigrante

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o acidente com o ônibus da UFSM que resultou na morte de sete estudantes e deixou 26 feridos em Imigrante, no Vale do Taquari. Três pessoas foram indiciadas por homicídio e lesões corporais culposas: o motorista do veículo, o responsável pelo núcleo de transporte da universidade e uma representante da empresa contratada para fornecer os condutores. Segundo as investigações, houve falhas em diferentes níveis, desde a condução inadequada do ônibus até a negligência na manutenção e na contratação de profissionais sem a devida qualificação.

De acordo com o delegado José Romaci Reis, o motorista não utilizou o freio motor durante a descida, o que teria evitado o acidente mesmo com desgaste nos freios, constatado por perícia técnica. O servidor da UFSM não garantiu que o veículo estivesse em condições ideais de uso, e a empresa terceirizada ignorava critérios essenciais na escolha dos motoristas, como curso de transporte de passageiros. A polícia classificou a conduta dos três como “negligência total” e apontou que suas falhas contribuíram diretamente para a tragédia.

A universidade informou que o ônibus passou por manutenção preventiva meses antes do acidente, mas o veículo percorreu cerca de 10 mil quilômetros desde então. O caso segue agora para o Ministério Público, que analisará a possibilidade de apresentar denúncia formal à Justiça. As vítimas, que tinham entre 21 e 71 anos, foram homenageadas por toda a comunidade acadêmica e o inquérito, com 1.078 páginas, serve como base para responsabilizar os envolvidos.

Com informações de GZH.

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