Francisco Cuoco faleceu nesta quinta-feira, aos 91 anos, após passar 20 dias internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Embora a causa da morte não tenha sido divulgada oficialmente, o ator vinha enfrentando problemas de saúde relacionados à idade avançada. Reconhecido como um dos maiores galãs da história das telenovelas brasileiras, Cuoco marcou profundamente a teledramaturgia nacional com sua presença imponente e voz inconfundível.
Natural do bairro do Brás, em São Paulo, o artista iniciou a carreira artística após estudar na Escola de Arte Dramática, na década de 1950. Seu primeiro contato com os palcos ocorreu em 1958, dividindo cena com nomes como Fernanda Montenegro e Sérgio Britto. Ainda nos anos 60, Cuoco ganhou espaço na televisão com teleteatros da TV Tupi e sua estreia em novelas na TV Record. Foi na Excelsior que firmou seu lugar como galã, contracenando com Regina Duarte — parceria que se repetiria mais tarde em clássicos como Selva de Pedra.
Entre os momentos mais marcantes de sua trajetória estão os papéis de Carlão, o taxista de Pecado Capital (1975), e o inesquecível Herculano Quintanilha de O Astro (1977). Apesar da forte ligação com a TV, Cuoco retornou ao teatro nos anos 2000, após longo período afastado dos palcos. Participou de peças como Três Homens Baixos e Uma Vida no Teatro, reafirmando seu talento multifacetado.
Nos últimos anos, o ator se manteve longe das telas, com sua última aparição em Salve-se Quem Puder, em 2020. Cuoco enfrentava diversos desafios de saúde, como dificuldades de locomoção, problemas respiratórios e sobrepeso. Ainda assim, manteve-se como uma figura respeitada e admirada, cujo legado continuará vivo na memória da dramaturgia nacional.