Após sentir-se indisposto em eventos realizados em Goiás, o ex-presidente Jair Bolsonaro precisou ser internado em Brasília na manhã deste sábado (21), onde foi submetido a exames que indicaram um possível quadro de pneumonia viral. O médico Claudio Birolini, responsável pelo acompanhamento clínico do ex-mandatário, explicou que os exames estavam inicialmente agendados para a próxima segunda-feira (23), mas foram antecipados devido ao agravamento do mal-estar. Bolsonaro, de 70 anos, saiu do hospital com um monitor de pressão arterial e a recomendação de seguir com antibióticos por uma semana.
Durante a internação no hospital DF Star, o ex-presidente relatou sintomas persistentes como tontura e crises de soluço, que ele associa às complicações decorrentes da facada sofrida em 2018. “É algo que volta de tempos em tempos, fico até uma semana com soluços contínuos”, afirmou Bolsonaro, destacando também o peso da idade e o histórico de sete cirurgias realizadas ao longo dos últimos anos. Ele ainda foi orientado a comer com mais calma para evitar novos episódios.
Carlos Bolsonaro, vereador e filho do ex-presidente, usou as redes sociais para comentar o estado de saúde do pai. Segundo ele, o quadro delicado de Bolsonaro se agravou devido ao uso prolongado de medicamentos opioides administrados para conter dores intensas. Carlos mencionou substâncias com efeitos semelhantes ao da heroína médica, como o fentanil, geralmente restritas ao ambiente hospitalar. O ex-presidente, por sua vez, chegou a pedir desculpas ao público em um evento, após vomitar e afirmar: “Vomito dez vezes por dia, talvez”.
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