Brasileiros ainda têm R$ 9,7 bilhões “esquecidos” para resgatar no Banco Central

Cerca de R$ 9,7 bilhões em valores “esquecidos” seguem disponíveis para resgate no Banco Central, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 10 de junho, pela própria instituição. A quantia, referente ao mês de abril de 2025, pode ser resgatada por pessoas físicas e empresas que ainda não acessaram o Sistema de Valores a Receber (SVR).

Do total disponível, R$ 7,58 bilhões pertencem a pessoas físicas e R$ 2,16 bilhões a empresas. Ao todo, mais de 47,4 milhões de brasileiros e 4,29 milhões de empresas têm direito ao resgate.

Não há mais prazo para o resgate dos valores

Inicialmente, o prazo para o saque terminaria em outubro de 2024, mas o Ministério da Fazenda anunciou que não há mais data-limite para realizar o resgate junto às instituições financeiras.

Como fazer a consulta e solicitar o dinheiro

Confira o passo a passo:

• Acesse: valoresareceber.bcb.gov.br;
• Informe seu CPF ou CNPJ;
• No caso de herdeiros ou representantes legais, inclua a data de nascimento do falecido;
• Caso existam valores a receber, anote a data informada pelo sistema;
• Cadastre-se no site Gov.br (nível prata ou ouro);
• Retorne ao site na data informada e faça o login para ver o valor e solicitar a transferência.

Os pagamentos serão feitos, preferencialmente, via Pix. Caso o cidadão não informe uma chave Pix, a instituição financeira responsável fará contato direto para concluir o repasse.

De onde vêm os valores esquecidos

Os valores disponíveis no SVR se originam de:

• Contas-correntes ou poupanças encerradas com saldo;
• Cotas de capital e sobras de cooperativas de crédito;
• Consórcios encerrados com recursos não resgatados;
• Tarifas e cobranças indevidas;
• Parcelas cobradas indevidamente de empréstimos ou financiamentos;
• Contas de pagamento pré ou pós-pagas encerradas com saldo;
• Saldos remanescentes em contas de corretoras ou distribuidoras financeiras.

Alerta contra golpes

O Banco Central reforça a importância de atenção aos golpes. Veja as principais orientações:

• Todos os serviços do SVR são gratuitos;
• Nunca forneça senhas – ninguém está autorizado a pedir esse tipo de informação;
• O Banco Central não envia links nem entra em contato para tratar de valores a receber;
• Apenas a instituição que aparece no sistema pode contatar o cidadão.

Fique atento e consulte seus valores com segurança.