A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a trágica morte de Denise de Oliveira, que caiu do segundo andar enquanto utilizava um aparelho de ginástica em uma academia de Caxias do Sul (RS), em março deste ano. Cinco pessoas foram indiciadas por homicídio culposo, entre elas o dono da academia, o arquiteto responsável pela obra e três servidores públicos municipais que aprovaram o projeto e liberaram o funcionamento do local. A polícia apontou falhas estruturais e desrespeito às normas de segurança como principais causas do acidente.
O acidente ocorreu enquanto Denise fazia exercícios no aparelho conhecido como “graviton”. Durante o uso, ela se desequilibrou, colidiu contra uma parede de vidro e foi arremessada para fora do edifício. A necropsia confirmou que os ferimentos causados pela queda do segundo andar foram fatais. A investigação revelou que o equipamento estava posicionado a apenas 70 centímetros da parede envidraçada e que o vidro instalado tinha espessura de apenas 4 milímetros — material considerado inadequado para locais com risco de impacto.
Segundo o delegado Edinei Albarello, a combinação entre a má instalação do vidro e a localização perigosa do equipamento foi decisiva para o desfecho trágico. Ele também destacou que, embora a construção tenha passado por avaliações da prefeitura, o projeto foi aprovado e liberado sem as devidas correções, evidenciando negligência por parte dos agentes públicos envolvidos. Ainda não há confirmação se Denise sofreu algum mal-estar antes da queda; um exame toxicológico está pendente.
A defesa do proprietário da academia se manifestou por meio de nota, declarando que considera o indiciamento injusto e desconectado das ações do empresário, afirmando que ele jamais contribuiu direta ou indiretamente para o ocorrido. Os advogados reforçaram que não houve imprudência, negligência ou imperícia por parte do dono da academia, segundo eles demonstrado ao longo da investigação.
Com informações da CNN, foto Google Maps.