O julgamento de um homem acusado de crimes bárbaros, realizado no Fórum de Farroupilha, terminou com uma sentença severa de 42 anos e 10 meses de prisão em regime fechado. O réu foi considerado culpado pelos crimes de tortura, tentativa de homicídio triplamente qualificada, sequestro, roubo e estupro. Após o veredito, ele foi reconduzido ao presídio regional, onde seguirá preso. A sessão do júri, que aconteceu nesta quarta-feira, 25 de junho, foi presidida por um juiz da comarca, com um promotor de justiça na acusação e um advogado criminalista na defesa.
Os crimes, que chocaram a comunidade local, ocorreram em agosto de 2021, na região de Linha Boêmios, interior de Farroupilha. Movido pela suspeita de ter sido furtado por um funcionário, o réu, dono de um haras, organizou uma sequência de ataques violentos. A vítima, de 39 anos na época, foi sequestrada, torturada e agredida com extrema crueldade, com a participação de um comparsa. Os primeiros atos de violência ocorreram no próprio haras e incluíram choques elétricos, coronhadas, dentes arrancados e um dedo baleado, antes de ser deixada inconsciente na rua.
No dia seguinte ao primeiro ataque, o homem, que havia recebido alta médica, foi novamente capturado. A nova sessão de tortura foi ainda mais brutal: queimaduras de cigarro, cortes com máquina de tosquia, perfurações com agulhas aquecidas e aplicação de álcool nos ferimentos. A vítima foi levada a uma pedreira e obrigada a saltar de um penhasco. Apesar dos ferimentos gravíssimos, sobreviveu ao atentado. Na sequência, os criminosos ainda invadiram sua casa e roubaram objetos pessoais. O Ministério Público destacou que o réu já tinha histórico de crimes semelhantes, o que pesou na decisão do júri.
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