Conflito no Oriente Médio: Irã e EUA se acusam enquanto Europa pede retorno ao diálogo

Após ataques a instalações nucleares iranianas, tensão aumenta e líderes internacionais defendem retomada das negociações
As tensões em torno do programa nuclear iraniano se intensificaram após os recentes ataques das forças armadas dos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã. O presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou a ofensiva que atingiu os centros de Fordow, Natanz e Esfahan, com o objetivo, segundo ele, de conter avanços no programa nuclear do país persa. Esses ataques ocorreram dias depois do início de uma operação militar israelense, desencadeada em 13 de junho, que já havia causado destruição significativa em estruturas militares e nucleares do Irã.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Abbas Araghchi, criticou a postura de Washington e Tel Aviv, atribuindo a ambos a responsabilidade pelo atual impasse diplomático. Araghchi afirmou que o Irã permanece comprometido com o diálogo e que as iniciativas diplomáticas foram interrompidas devido às ações militares. Segundo o ministro, os ataques minaram as negociações em curso com os Estados Unidos e com países europeus, tornando difícil qualquer avanço no processo.
Em meio ao aumento das hostilidades, a União Europeia e o Reino Unido apelaram pela moderação. A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, pediu que todas as partes envolvidas recuem e evitem uma nova escalada do conflito. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, por sua vez, reforçou a importância da estabilidade regional e defendeu o retorno do Irã às negociações como forma de buscar uma solução pacífica para a crise.