O governo dos Estados Unidos passará a exigir a análise de perfis em redes sociais como parte do processo para concessão de vistos de estudante e intercâmbio. A decisão, anunciada por agências internacionais, marca a retomada das entrevistas consulares, suspensas desde o mês passado pelo Departamento de Estado. Solicitantes deverão manter seus perfis públicos, permitindo que os oficiais verifiquem o histórico digital. A limitação de visibilidade pode ser interpretada como tentativa de ocultação de informações, o que pode levar à negação do visto.
A nova política, segundo o Departamento de Estado, visa identificar postagens consideradas hostis aos EUA ou ao governo americano. A medida faz parte de diretrizes mais rígidas adotadas pela administração Trump, que incluem a revogação de vistos de estudantes chineses com ligações ao Partido Comunista Chinês ou matriculados em áreas sensíveis como tecnologia e mineração. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que essas ações são essenciais para proteger a segurança nacional e reforçar o controle migratório.
Em 2024, foram emitidos cerca de 401 mil vistos de estudante, número inferior aos 446 mil de 2023. A queda está associada às restrições aplicadas a universidades que sediaram protestos pró-Palestina, como a Universidade de Harvard, que sofreu cortes de financiamento após manifestações consideradas antissemitas. Além da análise digital, o Departamento de Estado também revogou centenas de vistos por questões de segurança, o que levanta preocupações sobre privacidade e possíveis impactos no fluxo de estudantes internacionais para os Estados Unidos.