O inverno de 2025 começa oficialmente nesta sexta-feira, 20 de junho, às 23h42, com o solstício que marca a noite mais longa do ano no Hemisfério Sul. Diferente dos últimos dois anos, que tiveram calor fora de época, a nova estação chega com perfil mais clássico de frio, de acordo com os meteorologistas da Climatempo. A previsão aponta para um inverno com grande variação térmica, madrugadas geladas e dias que aquecem rapidamente. A primeira onda de frio intenso está prevista ainda para o fim de junho, com potencial de derrubar as temperaturas em diversas partes do país.
A tendência é que madrugadas com temperaturas abaixo dos 10 °C se tornem comuns, especialmente entre julho e agosto. As condições são favoráveis para a formação de geadas amplas em regiões do Sul, Sudeste e até no Centro-Oeste. A neve também entra no radar, com possibilidade real de ocorrer na Serra Gaúcha e nas áreas mais altas de Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, embora as frentes frias sejam frequentes, nem todas trarão chuva intensa. Julho deve ser mais seco, enquanto agosto e setembro podem ter volumes acima da média em áreas do norte e oeste do estado.
Mesmo com a média de temperaturas dentro da normalidade em grande parte do país, os extremos não estão descartados. Algumas localidades, como a Serra Gaúcha e o extremo sul, podem ter registros ligeiramente acima do habitual, mas sem repetir os calores atípicos de 2023 e 2024. A Climatempo ainda destaca a chance de recordes de frio em estados do Norte, como Acre, Rondônia e sul do Amazonas, devido a friagens severas. Neste ano, a ausência de El Niño ou La Niña no Oceano Pacífico cria um cenário de neutralidade climática, o que favorece maior instabilidade no tempo, com risco de frio tardio na primavera e chuvas irregulares em várias regiões do país.