Preso na sexta-feira, 13 de junho, no Recife, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado negou qualquer envolvimento em irregularidades após ser apontado como suspeito de ajudar o tenente-coronel Mauro Cid a conseguir um passaporte português. Ele foi ouvido pela Polícia Federal e afirmou que apenas ligou para o consulado para solicitar a renovação do documento do pai, de 85 anos. “Não matei, não trafiquei drogas, apenas pedi um passaporte para meu pai”, declarou à imprensa ao chegar ao Instituto de Medicina Legal. Apesar da detenção, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, revogou a prisão preventiva horas depois, impondo medidas cautelares. O celular, o carro e outros pertences de Machado foram apreendidos na ocasião.
A Procuradoria-Geral da República havia solicitado a abertura de inquérito no dia 10 de junho, alegando indícios de que Machado poderia ter atuado para facilitar a saída de Mauro Cid do país. A defesa do ex-ministro afirmou que ainda não teve acesso ao processo e desconhece os motivos da prisão. Segundo o advogado Célio Avelino, a única informação oficial recebida foi o cumprimento do mandado expedido por Moraes. Em nota anterior à prisão, Machado sustentou que não esteve presencialmente em nenhum consulado e que todas as comunicações foram feitas por telefone. O Partido Liberal (PL) afirmou acompanhar o caso e aguardar o esclarecimento dos fatos pelas autoridades.