Governo passa a custear traslado de brasileiros mortos no exterior em casos de comoção e vulnerabilidade

Nova regra permitirá repatriação gratuita de corpos mediante comprovação de incapacidade financeira da família

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva alterou as regras para o traslado de corpos de brasileiros falecidos no exterior. A partir de agora, o Ministério das Relações Exteriores poderá custear o transporte dos restos mortais sem custos para os familiares, desde que sejam atendidas algumas condições.

Até então, a assistência consular não incluía despesas com sepultamento nem repatriação. A mudança foi publicada após conversa telefônica entre Lula e o pai de Juliana Marins, brasileira de 26 anos que morreu após cair da borda do Vulcão Rinjani, na Indonésia, no sábado, 21 de junho. O corpo de Juliana foi encontrado na terça-feira, 24 de junho, por equipes de resgate.

Conforme o novo decreto, o traslado será autorizado se:

Os procedimentos para concessão ainda serão definidos por ato administrativo do ministro das Relações Exteriores, incluindo orientações sobre como as famílias deverão acionar as representações diplomáticas brasileiras no exterior e a lista de documentos exigidos.

O decreto não prevê o custeio de passagens para parentes irem ao país onde ocorreu a morte. A Agência Brasil solicitou ao MRE mais informações sobre o funcionamento da nova regra e aguarda retorno.

A morte de Juliana Marins causou grande repercussão no Brasil. Além do apoio para o traslado, a prefeitura de Niterói anunciou que dará o nome dela ao Mirante da Praia do Sossego, em homenagem à jovem.

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