Um homem de 64 anos foi retirado de uma condição de trabalho análogo à escravidão em Pelotas, no sul do Rio Grande do Sul. O resgate ocorreu durante uma operação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), realizada na quinta-feira (12). Ele atuava como vendedor de lenha, sem qualquer vínculo formal, vivendo em situação precária e recebendo uma média mensal de apenas R$ 300.
O idoso morava em um contêiner metálico improvisado como moradia, que antes funcionava como depósito de materiais de construção. Sem salário fixo, sobrevivia exclusivamente da venda da lenha, e nos períodos de menor movimento, dependia de benefícios sociais para garantir o mínimo necessário. O empregador não fornecia alimentação, tampouco itens essenciais à sua sobrevivência.
Durante a ação de fiscalização, o responsável foi obrigado a providenciar hospedagem digna para o trabalhador e a efetuar o pagamento das verbas trabalhistas devidas, incluindo rescisão. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), assegurando também uma indenização por danos morais.