IOF: nova MP deve reforçar arrecadação em R$ 10,5 bilhões neste ano

A medida provisória publicada na noite de quarta-feira, 11 de junho, pelo governo federal deve elevar a arrecadação em R$ 10,5 bilhões ainda neste ano, segundo projeções da Receita Federal divulgadas nesta quinta-feira, 12 de junho. Para 2026, o impacto previsto é de R$ 20,87 bilhões. A MP foi anunciada em conjunto com um novo decreto que revoga parte das mudanças anteriores no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Além de aumentar tributos e alterar regras de compensações tributárias, a MP também trouxe mudanças em programas sociais como o Pé-de-Meia, o Seguro Defeso e no Atestmed, sistema digital de atestados médicos para concessão de benefícios do INSS.

Estimativas de arrecadação com a nova MP:

Somente três medidas — mudanças nas compensações tributárias, no imposto sobre apostas eletrônicas e na CSLL de fintechs — devem gerar receita já em 2025, pois tributos seguem a regra da noventena (90 dias). Já os impostos, por exigirem o cumprimento do princípio da anualidade, só entram em vigor no ano seguinte.

O ponto de maior impacto imediato será a restrição nas compensações tributárias, mas a proposta pode enfrentar resistência no Congresso, que já havia rejeitado tentativas semelhantes em 2023 e no início de 2024.

Medidas para contenção de despesas públicas:

Mudanças no IOF:

A medida faz parte do esforço do governo para reequilibrar o orçamento diante da perda de arrecadação com a desidratação das alterações no IOF anunciadas anteriormente. O Ministério da Fazenda, no entanto, ainda não divulgou o impacto fiscal detalhado das novas regras do IOF.

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