Laudo aponta que homem teve relação sexual antes de morrer em Interlagos

Documentos do IML revelam sinais de asfixia, escoriações e indícios de agressão antes da morte registrada em uma obra no autódromo

A investigação sobre a morte de um homem de 36 anos, encontrada em um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, na terça-feira, 3 de junho, teve novos avanços com a divulgação de laudos periciais. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), o corpo apresentava sinais de asfixia, escoriações e congestão generalizada, apontando para uma morte violenta.

O laudo anatomopatológico identificou lesões pulmonares compatíveis com hipoxemia, condição causada pela baixa oxigenação no sangue, o que indica possível morte por asfixia. Também foram constatados sinais de autodigestão em órgãos internos, como estômago e intestino, além de acúmulo de gordura no fígado.

Ferimentos recentes indicam violência antes da morte

Fragmentos de pele retirados dos joelhos mostraram escoriações com inflamação e sangramentos recentes, sugerindo que os ferimentos ocorreram quando a vítima ainda estava viva. Esses elementos reforçam a hipótese de que houve agressões físicas antes da morte.

Exames confirmam atividade sexual antes do óbito

Outro ponto relevante dos laudos é a presença de PSA (Antígeno Prostático Específico) — proteína presente no sêmen — na região genital da vítima. Exames nas cavidades oral e anal não encontraram espermatozoides, o que descarta violência sexual, mas confirma atividade sexual anterior à morte. A identidade da pessoa envolvida, no entanto, ainda não foi identificada.

Polícia descarta acidente e latrocínio como causas

A Polícia Civil descartou as hipóteses de acidente ou latrocínio. A vítima foi encontrada sem calça e calçados, mas com objetos pessoais preservados, o que sustenta a linha de investigação por homicídio. As autoridades também apuram o possível envolvimento de seguranças e outros participantes do evento no autódromo.

Perícia analisa sangue encontrado no carro

Uma amostra de sangue encontrada no carro da vítima está sendo analisada geneticamente. O resultado pode esclarecer se houve transporte do corpo no veículo ou algum confronto antes da morte.

A polícia segue com as investigações para identificar os responsáveis e esclarecer as circunstâncias que envolveram a morte e ocultação do corpo.

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