A prisão de um homem de 36 anos no Rio Grande do Sul, ocorrida em janeiro, desencadeou uma investigação de grande escala que já identificou 217 meninas vítimas de crimes sexuais virtuais. O suspeito criava perfis falsos em redes sociais, fingindo ser um adolescente para atrair crianças entre 8 e 13 anos. A maioria dos abusos se deu no ambiente digital, configurando estupro virtual, prática cada vez mais comum diante da vulnerabilidade infantil na internet.
A atuação do criminoso, que agora responde também por estupro de vulnerável, escancara lacunas no monitoramento digital e evidencia a necessidade de reforçar políticas públicas voltadas à educação digital e proteção de crianças e adolescentes. Ele não apenas abusava sexualmente das vítimas, como também registrava os atos em vídeo e fotos, acumulando material que levou à abertura de novos inquéritos.
A investigação, iniciada após a apreensão de material de pornografia infantil, revelou a existência de centenas de pastas digitais com informações detalhadas sobre as vítimas, permitindo o avanço nas apurações. A Polícia já mapeou vítimas em nove estados brasileiros, um dado alarmante que reforça o alcance do crime e a urgência de ações coordenadas entre estados e União para o combate à exploração infantil online.
Com o caso sob segredo de Justiça, a Polícia Civil orienta que outras vítimas procurem as delegacias especializadas. A operação demonstra a importância de investimentos contínuos em tecnologia, capacitação de agentes e campanhas de conscientização, como forma de prevenir e enfrentar crimes que exploram a inocência e fragilidade de crianças em ambiente virtual.
|
|
-
-
-
-
-
-
-
-
