MPRS bloqueia R$ 11 milhões de grupo criminoso investigado por lavagem de dinheiro e sonegação fiscal
Justiça determina também a indisponibilidade de veículos de luxo; operação identificou movimentação de R$ 34 milhões em esquema fraudulento

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre – Combate aos Crimes contra a Ordem Tributária, obteve o bloqueio de R$ 10,9 milhões pertencentes a um grupo criminoso investigado por lavagem de dinheiro após sonegação fiscal. A medida é resultado dos desdobramentos da Operação Espectro, deflagrada na terça-feira, 12 de março, e os valores bloqueados estão distribuídos entre contas bancárias e aplicações financeiras.
Segundo o promotor de Justiça Diego Rosito de Vilas, responsável pela investigação, o grupo atuava em Porto Alegre, Guaíba e no Rio de Janeiro, utilizando empresas de fachada e documentos falsificados para movimentar mais de R$ 34 milhões provenientes de evasão fiscal. A Justiça também decretou a indisponibilidade de oito veículos de luxo dos investigados.
Ação conjunta e prisões mantidas
A Operação Espectro contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRS) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Rio de Janeiro (CSI/MPRJ). Mandados judiciais de busca e apreensão foram cumpridos nos dois estados, com o objetivo de reunir mais provas sobre o esquema criminoso.
O principal líder da organização criminosa, que já respondia a processos por crimes tributários, lavagem de dinheiro e associação criminosa, encontra-se preso preventivamente desde o início da operação. A prisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
As investigações continuam, com foco na identificação de outros envolvidos e recuperação dos ativos desviados.