Polícia Civil do RS desarticula quadrilha que aplicava golpes em médicos usando identidades falsas
Operação Medici Umbra prendeu cinco suspeitos em São Paulo por estelionato, invasão de contas e lavagem de dinheiro

A Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos, vinculada ao Departamento Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCPE/Dercc), deflagrou a Operação Medici Umbra com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em estelionatos, falsificação de documentos, invasão de dispositivos informáticos e lavagem de capitais.
Durante a ação, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão no bairro Cidade Tiradentes, em São Paulo/SP. Cinco pessoas foram presas e foram apreendidos documentos, um notebook e celulares, que serão analisados para reforçar as provas contra os envolvidos. A operação contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic/SP).
A investigação começou em janeiro, após um médico gaúcho denunciar a invasão de sua conta de e-mail e da plataforma gov.br. Com acesso aos dados, os criminosos criaram contas e tentaram transferir mais de R$ 700 mil em uma corretora de investimentos. Outros quatro médicos também foram identificados como vítimas, com prejuízos que somam cerca de R$ 80 mil.
Com o avanço das investigações, foi identificado um grupo composto por cinco familiares residentes em São Paulo, liderado por uma mulher de 28 anos, natural do estado, com antecedentes por estelionato nos estados de Pernambuco e Amazonas. Ela era auxiliada por seu companheiro de 34 anos, seus dois irmãos, de 32 e 29 anos, e seu cunhado, também de 34 anos.
O nome da operação, “Medici Umbra” — que significa “a sombra dos médicos” — faz referência à forma de atuação dos criminosos, que usavam as identidades e reputações dos profissionais da saúde para aplicar golpes.
Com a participação de 30 policiais civis do Rio Grande do Sul e de São Paulo, a Polícia Civil reafirma seu compromisso em investigar e responsabilizar organizações criminosas, buscando a máxima repressão e responsabilização penal dos envolvidos.