Risco de nova enchente no RS: rios sobem rápido com chuva intensa; alerta Metsul
Volume extremo de chuva provoca alta acelerada em rios e ameaça municípios do Centro e Oeste do estado com inundações já nos próximos dias

O cenário climático no Rio Grande do Sul se agrava rapidamente com o avanço de uma nova frente de chuvas intensas. Desde o fim de semana, diversas cidades do Centro, Oeste, Sul e da Serra registraram precipitações muito acima da média, com acumulados superiores a 150 mm em apenas 24 horas em locais como Encruzilhada do Sul, Santa Maria e São Borja. A tendência é de continuidade da chuva até sexta-feira, elevando ainda mais os níveis dos rios e aumentando o risco de enchentes.
A MetSul Meteorologia alerta que os volumes registrados e previstos devem provocar transbordamento de vários rios, como Jacuí, Ibirapuitã, Ibicuí, Caí, Taquari e Camaquã, além de seus afluentes. As áreas mais afetadas devem incluir municípios como Cachoeira do Sul, Eldorado do Sul e localidades do Vale do Rio Pardo e da Região Carbonífera. O Guaíba, em Porto Alegre, também deve subir de forma expressiva até o fim da semana, com possibilidade de alagamentos em bairros das ilhas e da zona Norte, além da Praia de Paquetá, em Canoas.
Embora a situação seja grave, a MetSul reforça que o episódio atual não se compara à catástrofe de maio de 2024, quando chuvas históricas provocaram enchentes de proporções inéditas. Na Serra, por exemplo, os volumes previstos agora não devem ultrapassar 200 mm, uma fração dos quase 1000 mm registrados no auge do desastre anterior. No entanto, com acumulados entre 150 mm e 300 mm em muitas cidades ao longo da semana, a possibilidade de cheia significativa em diversos rios é real, com impacto direto em regiões de longa extensão fluvial.
A análise hidrológica indica risco de enchente de médio a alto em boa parte da faixa central do estado, especialmente nos vales e bacias hidrográficas que já estão sobrecarregadas. As autoridades seguem monitorando os níveis e recomendam atenção máxima à população em áreas ribeirinhas, reforçando que, apesar de não ser uma repetição da tragédia passada, o momento exige vigilância e preparo para possíveis emergências.