Rússia ameaça guerra nuclear caso Ucrânia e Otan tentem retomar territórios ocupados

Assessores de Putin dizem que uma ofensiva para recuperar áreas controladas por Moscou levaria ao "fim do planeta"

A tensão entre Rússia, Ucrânia e Otan atingiu um novo patamar após declarações alarmantes feitas por Vladimir Medinski, conselheiro do presidente russo Vladimir Putin e chefe da delegação russa nas negociações de paz. Medinski advertiu que qualquer tentativa da Otan e do governo ucraniano de recuperar os territórios ocupados por Moscou poderá resultar em uma guerra nuclear, com consequências devastadoras para o mundo inteiro. Segundo ele, um simples cessar-fogo sem acordo duradouro levaria a um impasse semelhante ao da região de Karabakh, reacendendo o conflito no futuro.

Desde o início da guerra em fevereiro de 2022, a Rússia tomou aproximadamente 20% do território da Ucrânia. O governo russo exige que essas áreas permaneçam sob seu controle como condição para um cessar-fogo permanente, além do fim das sanções econômicas e da estagnação da expansão da Otan na Europa Oriental. Por outro lado, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky rejeita qualquer acordo que envolva a cessão de território, classificando a proposta russa como um ultimato inaceitável e unilateral.

A Rússia mantém o maior arsenal nuclear do planeta, segundo a Federação dos Cientistas Americanos, com 5.580 ogivas, sendo mais de 4 mil prontas para uso. Putin tem controle direto sobre o sistema de lançamento, por meio de uma maleta nuclear que o acompanha constantemente, garantindo comunicação imediata com os comandos militares. Há indícios de que o ministro da Defesa e o chefe do Estado-Maior também possuam acesso a esse sistema. Enquanto isso, apesar das ameaças, Rússia e Ucrânia realizaram recentemente uma nova troca de prisioneiros, abrangendo 1.200 detidos de cada lado e a devolução dos corpos de soldados mortos no conflito.

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