A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou nesta quinta-feira uma grande operação batizada de Solutam, que teve como alvo principal uma advogada suspeita de atuar a mando de uma facção criminosa. Segundo as investigações, a mulher mantinha contato direto com um dos líderes do grupo, sendo apontada como responsável por enviar celulares e drogas para dentro de presídios estaduais.
Além do envolvimento com o tráfico de drogas, as autoridades identificaram que a organização criminosa também praticava agiotagem, tráfico de armas de fogo e extorsões, aplicando o conhecido “golpe dos nudes”. O grupo operava em diversas frentes criminosas e possuía articulação estruturada para movimentar as atividades ilícitas.
Ao todo, foram cumpridas 31 ordens judiciais em sete cidades gaúchas, incluindo Porto Alegre, Gravataí, Cachoeirinha, Alvorada, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Estância Velha. Durante a operação, onze pessoas foram presas, entre elas integrantes de diferentes núcleos da facção que operava nos municípios.
As investigações começaram após a prisão em flagrante de uma mulher que vendia armas de fogo de forma ilegal. A partir daí, a polícia conseguiu identificar a ramificação de crimes que envolviam a advogada, considerada peça-chave no repasse de materiais ilícitos para detentos, reforçando o poder da facção dentro e fora das cadeias.