Alckmin se reúne com gigantes da tecnologia para discutir tarifa de Trump sobre produtos brasileiros

Encontro com Google, Apple, Meta e Visa busca alternativas diante da ameaça de sobretaxa dos EUA às exportações brasileiras

O presidente em exercício Geraldo Alckmin se reuniu na segunda-feira, 21 de julho, com representantes das principais big techs globais, como Google, Apple, Meta e Visa, no Palácio do Planalto, para discutir a resposta do Brasil ao tarifaço anunciado pelo governo de Donald Trump. A nova medida pretende aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos a partir de quinta-feira, 1º de agosto.

A reunião, articulada por uma comissão interministerial coordenada por Alckmin, incluiu também representantes dos Ministérios da Fazenda, das Relações Exteriores e da Vice-Presidência. O objetivo foi ouvir os setores impactados e avaliar estratégias para mitigar os efeitos da decisão norte-americana.

Segundo Alckmin, o encontro foi positivo e estabeleceu um canal de diálogo com as empresas de tecnologia. Ele negou que a reunião tenha tratado da possibilidade de o Brasil retaliar taxando as big techs, destacando que elas veem o país como estratégico para suas operações.

“Elas são investidoras no Brasil, valorizam o mercado brasileiro e se comprometeram a nos enviar, posteriormente, pontos que consideram prioritários”, afirmou Alckmin.

O ministro destacou também que as empresas defenderam o Pix como sistema aberto e gratuito. “O Pix é um sucesso absoluto. Elas disseram que defendem o Pix para todos e que deve continuar gratuito, como um exemplo mundial”, declarou.

O tarifaço de Trump surge em meio a uma investigação comercial aberta contra o Brasil, com alegações de práticas desleais, corrupção, desmatamento e limitações à atuação de empresas estrangeiras no país.

Participaram do encontro:

  • Nuno Lopes Alves e Gustavo Lage Noman (Visa)
  • Márcia Miya (Apple)
  • Gustavo Dias (Expedia)
  • Yana Dumaresq (Meta)
  • Daniel Arbix (Google)
  • Igor Luna (Câmara Brasileira da Economia Digital)

A tensão entre os dois países ganhou força após o governo norte-americano indicar que o Pix prejudica empresas financeiras dos EUA, levantando críticas quanto ao modelo brasileiro de inovação digital.

Alckmin concluiu dizendo que o governo brasileiro segue tratando o tema com os Estados Unidos “por meio de canais institucionais e de forma reservada”.

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