A rede varejista Havan retirou do ar os vídeos da série “amostradinhos do mês”, que mostravam imagens de pessoas supostamente tentando furtar produtos em suas lojas. A decisão foi tomada após notificação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que apontou possíveis infrações à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Desde agosto de 2024, os vídeos eram divulgados nas redes sociais da empresa e exibiam rostos dos suspeitos em close, sem qualquer edição para preservar a identidade, com o objetivo de expor os supostos infratores. O conteúdo gerou polêmica e levantou preocupações sobre a legalidade da exposição pública dessas imagens.
Um dos casos mais repercutidos envolveu a exoneração de um servidor público que apareceu em um dos vídeos gravados em uma unidade da Havan. A empresa alegou que ele teria tentado trocar a embalagem de um produto de maior valor por outra mais barata. O envolvido negou qualquer “intenção desonesta.”
Apesar da retirada do conteúdo, a ANPD informou que a Havan protocolou um pedido formal para revisão da notificação. Em nota, o órgão afirmou que “a fiscalização está analisando as informações apresentadas e verificando a conformidade das condutas adotadas pela empresa.”
O episódio reacende discussões sobre os limites entre segurança comercial e respeito à privacidade, ressaltando a importância de observar a legislação vigente ao lidar com dados pessoais.
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