Artesanato nas penitenciárias do RS transforma a rotina dos apenados e gera renda para suas famílias

Produções manuais nas unidades de Charqueadas e Arroio dos Ratos ajudam na remição de pena e promovem ressocialização

Nas penitenciárias do Rio Grande do Sul, mais de mil apenados trabalham com artesanato, atividade que contribui para a remição de pena, a ressocialização e a geração de renda para suas famílias. De acordo com o Departamento de Tratamento Penal (DTP), 1.137 detentos estão envolvidos com trabalhos manuais nas unidades prisionais do estado.

A produção artesanal acontece de forma autônoma em muitas unidades, com os próprios apenados ensinando técnicas uns aos outros. Crochê, pintura em tela, entalhe em madeira, costura de ecobags com material reciclado e outras formas de arte fazem parte do cotidiano dessas oficinas.

Na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas (PMEC), 154 apenados confeccionam peças utilizando técnicas de origami e palitos, como cestos, porta-jóias, porta-retratos e maquetes. Já na Penitenciária Estadual de Arroio dos Ratos (Pear), 147 detentos atuam na marcenaria, produzindo esculturas, móveis e utensílios artesanais.

Segundo a diretora da Pear, Vanessa Vieira Pinheiro da Silva, “a confecção de artesanatos é uma forma de o apenado aprimorar suas habilidades manuais e também contribui para a melhora da autoestima e do bem-estar emocional.”

Nos dias de visita, os itens produzidos são entregues às famílias dos detentos, que os comercializam, gerando uma importante fonte de renda fora dos muros das penitenciárias.

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