Bolsonaro se diz vítima de injustiça e afirma que filho será preso se retornar ao Brasil

Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira, 17 de julho, que é “inocente” e que não teme ser preso, após a Procuradoria-Geral da República (PGR) reiterar o pedido de sua condenação por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Segundo o ex-presidente, a possibilidade de prisão “não passa pela [sua] cabeça”.

Em coletiva de imprensa no Senado, Bolsonaro declarou ser alvo de “injustiça” e defendeu que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) permaneça nos Estados Unidos, afirmando que, caso retorne ao Brasil, será preso. “Se Eduardo vier para cá, ele está preso. Ou não está? Pelo que eu sei, ele não vem pra cá. Vai ser preso no aeroporto”, disse o ex-presidente.

O prazo da licença de Eduardo termina no domingo, 20 de julho, e, se não retornar, pode perder o mandato caso atinja um terço de faltas nas sessões da Câmara. Apesar da fala de Bolsonaro, não há ordem de prisão contra Eduardo no Brasil até o momento. Adversários políticos já apresentaram pedidos ao STF nesse sentido, mas nenhum foi acatado pela Justiça.

Na mesma entrevista, Bolsonaro voltou a negar envolvimento em qualquer crime e afirmou: “Não sou culpado de nada, não estou sendo acusado de corrupção. É injustiça comigo”.

Reação ao tarifaço de Trump

O ex-presidente também comentou a decisão de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, de aplicar uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros, citando suposta perseguição a Bolsonaro no Brasil como justificativa. O ex-presidente minimizou os impactos da medida e sugeriu que, se Trump pedir anistia em sua defesa, isso não representaria ameaça à soberania brasileira. “A anistia é algo privativo do parlamento. Não tem que ninguém ficar ameaçando tornar inconstitucional”, concluiu.

Informações O Sul.